10 julho 2006

 

Até na derrota somos GRANDES !!!


Que se lixe...

MIGUEL ESTEVES CARDOSO

Pronto. Que se lixe. Levem lá a taça, que a gente continua cá, se não se importam.

Vamos ali fazer um piquenique com os alemães e voltamos já. Poça, já se sabia que tinha de ser com o raio dos franceses e que Portugal jogar mal ou bem seria irrelevante. Mas tanto?!

A ironia, muito francesa porque é daquelas pesadas e óbvias que não têm graça nenhuma, é que Portugal jogou muito bem e a França não jogou nada. Aliás, quanto melhor jogava Portugal, mais aumentava a probabilidade da França ganhar. É azar. É esse o termo técnico, exactamente. Não foi só o árbitro, embora este tudo tenha feito para ser a estrela principal da partida. Não, é o azar que os franceses dão.

Mesmo quando estão cabisbaixos e amedrontados, cheios de vontade que o tempo passasse e os poupasse, dão azar. E porquê? Porque os portugueses também dão azar aos franceses, coitados.

Dão-lhes o azar de pô-los a jogar mal. E o azar de fazerem figura de tontos e medricas. Os franceses também não mereciam tal azar. Tanto mais que cada jogo com eles traz uma vingança pré-fabricada: depois desta meia-final, já ninguém poderá dizer que Zidane e os "bleus" renasceram milagrosamente. Onde? Quem? Não, o milagre foi só um: o de não terem perdido. Em contrapartida, os franceses dão aos portugueses o azar de perder. Bonito serviço. Assim não dá gosto; não se pode trabalhar; nem há condições para jogar; é escusado. E quando jogarmos outra vez com os franceses, vai acontecer a mesma coisa. O azar existe e o azar reincidente e metódico, no caso da França, existe mais ainda. Antes fosse ao contrário? Talvez não. Mais vale perder como perdemos, a jogar como campeões, do que ganhar a jogar como os franceses, como perdedores natos, receosos e trapalhões, sem saber o que se passa ou o que se vai passar. Fizeram má figura e ganharam.

Que os italianos lhes sejam leves! Dirão uns que não faz mal, que já foi muito bom chegarem às meias-finais. Mas não é verdade. Para chegarem às meias-finais foi preciso pensarem que podia ser campeões do mundo. E agora custa um bocadinho – um bocadinho nobre e bonito mas muito custoso – voltar atrás. Se a esplêndida selecção portuguesa tivesse pensado que bastaria chegar às meias-finais nem tinha ganho ao México e muito menos à Holanda e à Inglaterra. Foi bonito saber, como ficou sabido e comprovado, que não é assim tão difícil Portugal ser campeão do mundo.

O próximo Mundial, em 2010, parece muito mais apetecível por causa disso. É ganhável – como era este. Não se pode subestimar a segurança que o Mundial 2006 trouxe à selecção. Já não se pode falar em sonhos como se fossem delírios. Não: os sonhos agora passaram a objectivos, altamente práticos e alcançáveis. É obra. Portugal já não é o "outsider" que era nos primeiros dias do mês passado. Por muito que isso custe aos detractores e inimigos (que utilizaram esse estatuto marginal para nos marginalizar ainda mais), a partir de agora Portugal é não só um campeão potencial como um campeão provável.

Tanto crescemos que finalmente ficámos crescidos, adultos, senhores. É bom que os outros senhores do futebol comecem a habituar-se à presença e à ameaça constantes dos novos senhores. Porque os antigos menininhos portugueses, que eram tão giros e que tanto jeitinho davam, desapareceram para sempre. Este Mundial já está ganho.

Que se lixe. Venha outro!

01 julho 2006

 

Portugal nas meias-finais


Portugal vence através de desempate por grandes-penalidades
A nossa selecção fez uma boa exibição frente à selecção de Inglaterra. Foi um jogo muito táctico, por vezes até monótono, mas com muita garra e determinação por parte dos jogadores de ambas as equipas. Nas grandes-penalidades venceu a melhor equipa, PORTUGAL!
Os ingleses ficaram a jogar com menos uma unidade depois da exulsão de Ronney. Este jogador voltou a fazer das suas e agrediu Ricardo Carvalho.
Muito sofrimento e 120 minutos depois, vieram as grandes-penalidades. Ricardo foi "enorme" e desta vez nem precisou tirar as luvas, Simão abriu a série com um remate bem colocado, Petit e Hugo Viana acertaram no poste, Postiga confirmou a frieza na hora de remate e por fim Cristiano Ronaldo teve a oportunidade de dedicar o golo e a vitória a seu pai recentemente falecido.
Conclusão
A humildade fica sempre bem e certamente a imprensa inglesa deve estar neste momento muito desiludida, pois nem o "jogo sujo" lhes valeu de nada.
Medo?
Medo de quem? De certeza que não conhecem a nossa história o nosso passado de conquistas.
Uma província de Espanha?
Com toda a certeza que só ignorantes dizem uma parvoíce dessas. Novecentos anos de história deviam dizer-vos alguma coisa.
Já agora perguntamos nós se nos é permitido, quantas vezes seguidas Portugal já vos arrumou das competições internacionais quer a nivel de clubes quer a nivel de selecções? Se bem me lembro as últimas vezes tem ganho sempre a equipa que tem medo e não passa de uma província espanhola.
Agora, para terminar quero aqui deixar os meus parabéns a Scolari e sua equipa técnica, à Federação Portuguesa de Futebol, aos nossos heróis que deixaram a pele em campo, mas principalmente às pessoas deste maravilhoso País.
Está a chegar a hora de jantar e não há nada que saiba melhor neste momento que um bom BIFE à portuguesa.
VIVA PORTUGAL

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